É com tristeza que a Amnistia Internacional confirma que, depois de indicação médica, o secretário-geral Kumi Naidoo vai abandonar o cargo por motivos de saúde. A decisão, comunicada à Direção Internacional da AI, foi aceite, hoje, 5 de dezembro.
“Há muito tempo que considero a Amnistia Internacional um dos ativos mais importantes da humanidade e foi com um peso no coração que tomei a decisão de deixar o cargo. Agora, mais do que nunca, a organização precisa de um secretário-geral que esteja em plena forma e possa desempenhar o seu mandato com vitalidade. Esta organização e a missão dos direitos humanos universais merecem”, afirma Kumi Naidoo.
“Foi um enorme privilégio trabalhar com a nossa excelente e comprometida equipa, bem como com os voluntários no Secretariado Internacional e secções. Fui inspirado pelo trabalho importante e corajoso que está a ser realizado pelo nosso movimento. Mas, devido à minha saúde, não tenho escolha a não ser tomar esta decisão dolorosa e renunciar. Preciso de recuperar e descobrir uma maneira mais sustentável de continuar a contribuir para a luta pela justiça no futuro”, acrescenta.
A atual secretária-geral adjunta, Julie Verhaar, assume as responsabilidades de Kumi Naidoo, com efeito imediato, até ser encontrado um substituto.
“É com relutância, mas compreensão, que aceitamos a resignação de Kumi. Durante o seu mandato como secretário-geral, demonstrou uma verdadeira liderança, ajudando-nos a desenhar a próxima estratégia global e a garantir que podemos enfrentar os desafios de direitos humanos que o mundo tem pela frente”, nota a presidente da Direção Internacional da AI, Sarah Beamish.
Durante o mês de dezembro, e dependendo do estado de saúde, Kumi Naidoo pretende cumprir os vários compromissos que tinha agendados. Está ainda decidido em garantir que a transição seja feita de forma cuidadosamente faseada, devendo abandonar o cargo em janeiro, altura em que entrará em baixa médica.
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