Annie Alfred
Annie Alfred é como qualquer outra criança no Malawi, mas algumas pessoas acreditam que o seu corpo tem poderes mágicos.
Annie nasceu com albinismo, uma condição hereditária que impede as células da sua pele de produzirem cor suficiente. Existem cerca de 7 000 a 10 000 pessoas com albinismo com albinismo no Malawi, e todas correm o risco de serem perseguidas, até mesmo pela própria família, devido à crença de que o seu corpo gera riqueza.
As perseguições e ataques a pessoas com albinismo têm registado um aumento desde Novembro de 2014. Só em 2015, existiram 45 registos de tentativas de homicídio ou rapto. Face a estes números, o Presidente do Malawi manifestou a sua preocupação e o seu empenho em melhorar as condições de vida de pessoas com albinismo, no entanto, não se tem registado qualquer tipo de ação nesse sentido.
Pessoas como a Annie não têm um refúgio seguro para onde ir. Annie e outros/as como ela precisam de total proteção legal.
Exija que o Malawi proteja as pessoas com albinismo de homicídio.
Edward Snowden
Quando Edward Snowden partilhou a coleção de documentos dos serviços secretos norte-americanos com jornalistas, revelou de que forma os Governos vigiam os nossos dados pessoais, incluindo emails privados, localizações telefónicas, histórico de internet e muito mais. Tudo sem o nosso consentimento.
Snowden potenciou um movimento global de defesa da privacidade na era digital. Pela primeira vez em 40 anos, os E.U.A. aprovaram leis para controlar a vigilância governamental, e empresas como a Apple e a Whatsapp dedicam-se agora muito mais à proteção da nossa informação pessoal.
Contudo, Snowden enfrenta uma pena de décadas na prisão. Acusado de vender segredos a inimigos dos E.U.A. ao abrigo de uma Lei que data da Primeira Guerra Mundial, e sem garantia de um julgamento justo no seu país, encontra-se agora a viver numa situação de limbo na Rússia.
Apele para que Snowden seja perdoado,
um whistleblower que agiu unicamente em defesa do interesse público.
Eren Keskin
Advogada e antiga diretora de jornal, Eren Keskin tem sido uma voz crítica do Estado Turco há décadas. Há 11 anos um dos seus discursos enfureceu as autoridades. Neste, acusou o Estado de “assassinar uma criança de 12 anos de idade”: Uğur Kaymaz. Para Eren, a morte desta criança às mãos do exército, em 2004, é uma das manchas na história da Turquia – uma história que deve exigir a responsabilização das autoridades.
A este caso soma-se o facto de Eren já ter sido processada mais de 100 vezes devido à sua posição aberta relativamente ao drama da minoria Curda na Turquia. Em 1995, esteve, inclusive, seis meses na prisão simplesmente por ter usado a palavra “Curdistão” num dos seus artigos. O grande volume de casos contra ela não representa senão um claro assédio à sua pessoa.
O seu único crime tem sido manifestar-se contra a injustiça na Turquia. E o tempo está a esgotar-se para ela. Mais julgamentos significam que poderá ser presa a qualquer momento, e por muito tempo.
Exija que Eren não seja presa,
e que todas as acusações sejam retiradas.
Mahmoud Abu Zeid
Mahmoud Abu Zeid, mais conhecido como Shawkan, estava apenas a fazer o seu trabalho. Um simples fotojornalista que cobria uma manifestação a 14 de agosto de 2013 no Cairo, e que assistiu e registou a intervenção brutal das forças policiais.
“Parecia que estávamos no meio de uma guerra. Havia balas, gás pimenta, fogo, polícia, soldados e tanques por todo o lado”. Polícia e soldados foram destacados um pouco por todo o país para suprimir qualquer tipo de protesto. Foi o evento mais sangrento na história recente do Egito, culminando na morte 1000 pessoas num único dia.
Quando a polícia descobriu que Shawkan era jornalista, prenderam-no. Amarraram-lhe as mãos com cabos de plástico que acabariam por cortar a pele e ensanguentarem os pulsos. Foi brutalmente agredido. Hoje, 3 anos depois, encontra-se detido na conhecida Prisão de Tora, no Cairo, e, embora tenha contraído Hepatite C, tem lhe sido negado qualquer acesso a tratamento médico. “Fotografar não é um crime”, disse.
Apele ao Egito para retirar todas as queixas contra Shawkan e a libertá-lo imediatamente.