quarta-feira, 30 de março de 2016

Condenada à Morte - Biblioteca

Um dos casos que mobilizou a Amnistia Internacional em 2014 foi o da sudanesa Meriam Ishag, condenada à morte por apostasia. Os nossos activistas lembram-se com certeza dele. Porém talvez não saibam quem o desencadeou e porque acabou bem. “Condenada à Morte” (Asa, 2015), da jornalista italiana Antonella Napoli, dirigente também da organização não-governamental Italianos pelo Darfur, explica todos os passos, desde a venenosa denúncia de um meio-irmão da jovem, que a acusou de ter renegado o islamismo e se ter convertido ao cristianismo, à anulação da sentença ditada pela impiedosa sharia. Não é uma prosa inspirada, nem moderada nas emoções. A autora cola também demasiado o seu trabalho militante à libertação. Mas ajuda a perceber o caldo de anacronismos, paixões invertebradas e interesses mesquinhos, incluindo os políticos, que envolvem muitas violações dos Direitos Humanos. 



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