Actualização: Marcelino Nguema e Santiago Asumu libertados!
A Amnistia Internacional Portugal – Grupo 19 anuncia que dois dos prisioneiros de consciencia que trabalhava, Marcelino Nguema Esono e Santiago Asumu, da Guiné Equatorial, foram libertados. Ambos tinham sido absolvidos da acusação de “agressão e terrorismo”, mas de novo julgados e condenados, num claro atropelo às leis internacionais e do próprio país. Marcelino e Santiago, membros de um partido da oposição e civis, condenados além do mais por um tribunal militar, foram objecto de instantes apelos da Amnistia Internacional no sentido da sua libertação imediata e incondicional. O Grupo 19, que contribuiu com outros grupos da AI para a libertação, em Março, do peruano Carlos Garay, e para a pressão internacional que reduziu o cumprimento total da pena do israelita Vanunu, partilha com a comunidade mais esta vitória. E anuncia que tudo continuará a fazer para a libertação de sete outros prisioneiros de consciencia guineo-equatorianos por quem continua a escrever.
Grupo 19 exige libertação de sete prisioneiros de consciência na Guiné-Equatorial
A Amnistia Internacional Portugal – Grupo 19 adoptou dois novos prisioneiros de consciência da Guiné Equatorial. Os novos adoptados são Marcelino Nguema e Santiago Asumu, membros da União Popular (UP), um partido da oposição ao regime do Presidente Teodoro Obiang, injustamente presos depois de julgados e absolvidos da acusação de “agressão e terrorismo”. Ambos foram detidos nos dias a seguir a uma alegada tentativa de assalto do Palácio Presidencial, em Malabo, em 17 de Fevereiro de 2009. Declarados inocentes, as autoridades mantiveram-nos mesmo assim presos e em regime de total incomunicabilidade com o mundo exterior.
Nos primeiros dias de detenção, Marcelino Nguema e Santiago Asumu foram submetidos a torturas no comissariado da Polícia, em Malabo, e a seguir na prisão de Black Beach, onde ainda se encontram. A Amnistia Internacional acredita que os dois continuam encarcerados apenas por pertencerem a um partido de oposição, a UP, pelo que os considera prisioneiros de consciência e exige a sua imediata libertação. Pede ainda às autoridades de Malabo que ordenem uma investigação sobre as torturas de que os dois foram vítimas e, bem assim, o castigo dos seus responsáveis.
O processo de adopção de Nguema e Asumu é o segundo desde Abril, quando a Amnistia Internacional Portugal – Grupo 19 chamou a si os casos de Gerardo Mangue Offeso, Bonifacio Nguema Ndong, Cruz Obiang Ebele, Emiliano Esono Micha, Gumersindo Ramírez Faustino y Juan Ecomo Ndong, todos membros do Partido Progressista da Guiné Equatorial, detidos entre Março e Abril de 2008 sem mandato judicial suficiente.
Acusados de posse de armas e munições, nada se provou em tribunal neste sentido, o que não evitou que fossem condenados a penas entre os 12 meses e os seis anos de prisão. Bonifácio, o que recebeu a pena menor, cumpriu-a e saiu em liberdade, mas os outros cinco continuam presos. Os juízes ativeram-se à circunstância de todos terem mantido relações de amizade com um outro guineo-equatoriano, Saturnino Ncogo, que viria a morrer sob custódia policial, não às provas produzidas em sessão de julgamento, que foram nulas. Os seis foram ainda sujeitos a tortura. A Amnistia Internacional considera os cinco prisioneiros de consciência e pede a sua libertação imediata. O Grupo 19 está a exigir às autoridades de Malabo a sua libertação imediata e incondicional.
A luta pelos Direitos Humanos e por um mundo melhor não diz respeito apenas à Amnistia Internacional, é um assunto de toda a comunidade. Assim, a AI de Sintra pede a todos que se associem aos seus esforços para a libertação destes sete homens escrevendo ao Presidente Teodoro Obiang Mbasogo nesse sentido.
Caso de Marcelino e Santiago
General Teodoro Obiang Nguema Mbasogo
Gabinete del Presidente de la República
Palacio del Pueblo
Malabo
Guinea Ecuatorial
Fax: +240 333 09 3313/3334
Excelencia,
Dos ciudadanos de la Guinea Ecuatorial, Marcelino Nguema y Santiago Asumu, miembros de la Unión Popular (UP), partido político de la oposición, están injustamente detenidos, después de juzgados y absueltos por una acusación de “agresión y terrorismo”.
Los dos habrian participado en un alegado ataque al Palácio Presidencial, el dia 17 de Febrero de 2009, por lo que fueron detenidos en los dias siguientes y llevados ante la justicia que, en Abril, los absolvió y ordenó su liberación.
Pero las autoridades rehusarón obedecer a los juezes y los mantienen encarcelados y en regimen de incomunicación, sin cualquier contacto con el mundo exterior.
En los primeros dias de su detención, los dos fueron objeto de torturas en el comisariado de Policia de Malabo y despues en la Prisión de Black Beach con el fin de obtener sus confesiones.
Marcelino Nguema y Santiago Asumu son de este modo considerados prisioneros de consciencia, solamente por perteneceren a la UP, por lo que vengo a exigir a Su Señoria la liberación inmediata e incondicional de ambos. Exijo además la investigación de las torturas de que fueron victimas y el castigo de sus autores.
Atentamente
Caso dos Cinco de Malabo
General Teodoro Obiang Nguema Mbasogo
Presidente de la República
C/C
Sr Don Pastor Michá
Ministro de Asuntos Exteriores
de Ministerio de Asuntos Exteriores
Malabo
República de Guinea Ecuatorial
Excelencia,
Cinco ciudadanos están cumpliendo condenas injustas y sujetos a maltratos en Guinea Ecuatorial. Amnistía Internacional los considera prisioneros de consciencia, teme por su integridad física y pide su liberación inmediata e incondicional.
Gerardo Mangue Offeso, Bonifacio Nguema Ndong, Cruz Obiang Ebele, Emiliano Esono Micha, Gumersindo Ramírez Faustino y Juan Ecomo Ndong fueron detenidos entre Marzo y Abril de 2008 por los servicios de seguridad sin mandato judicial suficiente.
Acusados de poseer armas y municiones y de pertenecer a una organización criminal, uno fue condenado a un año de prisión y, los demás a seis años. Bonifácio Nguema, el que recibió la menor condena, fue liberado pero los demás prisioneros siguen encarcelados.
Estas personas fueron maltratadas y obligadas a firmar declaraciones bajo tortura. No tuvieron asistencia judicial. No se presentaron pruebas de que tuvieran armas o municiones en su poder. Esta acusación se basó solamente en sus relaciones de amistad con otro ciudadano, Saturnino Ncogo, en cuyo domicilio la policía encontró armas antiguas, quien vino a morir bajo custodia policial.
Amnistía Internacional cree que Gerardo Offeso, Bonifacio Ndong, Cruz Ebele, Emiliano Micha, Gumersindo Faustino e Juan Ndong han sido detenidos solamente por pertenecer al Partido Progresista de Guinea Ecuatorial, una organización pacífica de la oposición, lo que los torna prisioneros de consciencia , por le que pido a su señoría la liberación inmediata e incondicional de los que siguen encarcelados.
Además, solicito que ordene investigar denuncias de tortura sobre todos los prisioneros y que sus responsables sean llevados a la justicia, y que los cinco encerrados en la prisión de Black Beach, puedan recibir visitas de sus familiares y abogados.
Con mi saludos